24/03/2011 - Movimentos sociais falam sobre Rio dos Sinos
A pedido da Comissão de Meio Ambiente – integrada por Luiz Carlos Schenlrte (presidente), Gilberto Koch (secretário) e Matias Martins (relator) –, parte do expediente da sessão desta quinta-feira, 24, foi destinada a lembrar o Dia do Rio dos Sinos, celebrado em 17 de março. Representantes de diversos movimentos sociais que lutam pela preservação ambiental, como o Movimento Röessler, estiveram presentes.
Dione Dias de Moraes, presidente do Movimento SOS Rio dos Sinos falou sobre o tema deste ano: as cidades. Ela mostrou um vídeo destacando a forma como a água está incorporada em nosso dia a dia: na hora da higiene pessoal, na alimentação, na limpeza da casa, no cuidado com as plantas e os animais, no ar refrigerado, em hábitos como tomar chimarrão, chá e café.
O diretor executivo do Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Pró-Sinos, Julio Dorneles, disse que a mobilização social é necessária, mesmo quando a situação das águas for a ideal. Além da urbanização, há a produção de arroz e indústrias ao longo do curso do rio, o que requer atenção constante. "Existe sempre a possibilidade de acidentes. Essa é uma bacia de alto risco", frisou, citando o exemplo do Japão, onde aconteceu, recentemente, um grave problema relacionado à energia nuclear. Dorneles, contudo, deu uma boa notícia: está sendo implantado no Rio dos Sinos um sistema de monitoramento em tempo real, através de sondas. Um projeto que deve ser posto em prática em breve deverá monitorar outros pontos da bacia.
O presidente do Instituto Martin Pescador, Pedro Ivo Marques Reis, apontou que está sendo implantado na cidade um programa de descarte de lixo eletrônico, por meio de um convênio com diversas empresas. "Logo serão divulgados na mídia os locais onde esses objetos poderão ser entregues." Reis apontou ainda que recebe muitos pedidos de passeio no rio, com a embarcação do instituto, de escolas hamburguenses. Todavia, lembrou que ainda não existe um convênio do Município com a entidade. "Porto Alegre e São Leopoldo já têm."
Betinho, representando a comissão, apontou que a fiscalização foi ampliada nos últimos tempos em relação aos arrozeiros. "Também temos o problema dos dejetos, que estamos buscando resolver. Mas o pior problema é a colocação de produtos químicos nas águas." O vereador destacou o investimento em esgotos, que está sendo feito pelo governo federal, com contrapartida da Prefeitura.