08/09/2011 - Cassel apresenta moção de repúdio ao prefeito
A Moção nº 15/2011, de Raul Cassel (PMDB), que manifesta repúdio ao autoritarismo do prefeito em relação às entidades tradicionalistas de Novo Hamburgo, foi apreciada na sessão desta quinta-feira, 8. Após muitos debates, o autor retirou a proposição da pauta. "Não quero colocar os vereadores em uma situação de constrangimento. Só queria trazer o assunto à tona. Mas vou transformar essa moção em uma carta e encaminhá-la ao prefeito", disse.
Cassel destacou, no texto da proposição, que a Associação Tradicionalista de Novo Hamburgo – ATNH promove anualmente a Semana Farroupilha da cidade. Este ano, será de 9 a 20 de setembro, no Parque do Trabalhador, sob o lema Nossas Raízes. Entre outras atividades, estava prevista a homenagem a um cidadão com o título de Patrono da Semana Farroupilha de Novo Hamburgo. Seu nome, não citado no texto de Cassel, foi escolhido em reunião realizada no dia 20 de julho, e recebeu a aprovação da secretária de Cultura, Anita de Oliveira.
O vereador frisa que a ATNH já havia até distribuído material de divulgação do evento, do qual constava o nome do homenageado, quando seu nome foi vetado pelo prefeito. "Isso demonstra total desrespeito a entidade promotora deste importante evento e também a sua secretaria, expondo-a, no nosso entendimento, a uma situação no mínimo muito delicada pelo histórico do homenageado na municipalidade e envolvimento na cultura gaúcha", salientou.
Manifestações
O líder do governo, Gilberto Koch (PT), destacou que a moção coloca a ATNH e a Prefeitura em choque. "É um manifesto político. Eu jamais faria uma moção de repúdio a um prefeito, seja do partido que for. É uma questão de respeito à pessoas que é autoridade máxima na cidade." O vice-presidente da Casa, Matias Martins (PT), disse ter ficado surpreso com a atitude do peemedebista. "Um prefeito que implanta o orçamento participativo não pode ser chamado de autoritário."
Sergio Hanich (PMDB) afirmou que admira o prefeito, pois ele tem atitude, mas frisou que a questão da ATNH foi lamentável. "Ele não deveria ter se envolvido nesse embate." Serjão sugeriu que a moção fosse retirada, para não gerar constrangimentos para os vereadores. Volnei Campagnoni (PCdoB) disse que a moção está feita de forma equivocada, pois nem a entidade veio defender sua escolha.
Carmen Ries (PT) também posicionou-se contra a moção. "Quem administra a cidade deve saber dizer não." Ricardo Ritter – Ica (PDT) desejou que o embaraço criado sirva como uma lição para as próximas iniciativas dos vereadores. Segundo ele, é preciso não misturar política com homenagens – pois o nome escolhido pela ATNH é de uma pessoa filiada a um partido. Jesus Maciel (PTB) afirmou que a postura do prefeito deixou a desejar nesse caso.
08/09/2011
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