08/04/2011 - Bancadas apoiam criação de distrito industrial
Na sessão de quinta-feira, 7, os vereadores abordaram diversos temas, principalmente a necessidade de se criar um distrito industrial em Novo Hamburgo.
O presidente Leonardo Hoff (PP) contou que representou a Câmara no evento realizado na praça do Imigrante, na noite de quarta-feira, no qual o prefeito Tarcísio Zimmermann prestou contas de sua gestão à comunidade. O vereador disse ter ficado muito feliz com o anúncio de que a criação de um distrito industrial é uma das metas do Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico Local (Pedel). O estudo, financiado com recursos na ordem de US$ 800 mil pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tem o objetivo de realizar o planejamento e a implementação de ações para promover melhorias na cidade.
"Temos que trabalhar pelo desenvolvimento econômico de nossa cidade. Quando temos empregos, temos uma sociedade melhor, podemos comprar alimentos, remédios, pagar a escola que julgamos ser a melhor. Mas se temos evasão de empresas, a arrecadação cai, e ao mesmo tempo se utilizam mais os serviços públicos. Por isso o distrito industrial é importante. Os vereadores já haviam proposto esta iniciativa", apontou o progressista. Ele lamentou apenas a Câmara não ter sido convidada para integrar o conselho que deve ser criado para debater o desenvolvimento econômico de Novo Hamburgo – e pediu ao vice, Matias Martins (PT), faça essa interlocução.
Martins concordou com o pronunciamento do Hoff. "Fiquei muito feliz com os resultados do estudo." Ele lembrou que sempre defendeu a criação do distrito industrial. "Também acho que o parlamento deve ter um assento no conselho." O líder do governo na Casa, Gilberto Koch (PT), apontou que Novo Hamburgo é a terceira cidade gaúcha em geração de emprego. "E agora teremos o conselho de desenvolvimento, pensando os 100 anos da cidade. Acredito, porém, que a Câmara deve cumprir papel fiscalizador, sem fazer parte desse grupo. Também não temos direito a voto em outros conselhos, pois temos que fiscalizar." Betinho apontou que os projetos que surgirão do trabalho desse grupo terão que ser votados pelos vereadores.
Educação
Raul Cassel (PMBD) disse estar preocupado com o pacto para reduzir a repetência escolar lançado pela Prefeitura. "Quero saber o que significa. As crianças devem vencer etapas. Se for para melhorar a educação, sou favorável. Mas se implicar apenas redução de estatísticas, estou fora. Temos que ter responsabilidade quando falamos em educação."
Volnei Campagnoni (PCdoB), presidente da Comissão de Educação, apontou também estar preocupado com a educação. "Já é matéria de discussão em Brasília não ser mais possível a repetência de crianças. Mas o cidadão começa a ter a formação na escola: ali aprende as regras da vida, tem suas primeiras responsabilidades, cria seu caráter." Ele disse que, em breve, vai começar a visitar escolas para falar com os professores. "Temos que saber o que está acontecendo, esse é nosso papel."
Jesus Maciel (PTB) concordou. "Não é possível nivelar por baixo. Temos que dar condições adequadas aos professores." Betinho apontou que há criança com 12 e 13 anos no terceiro ano do Ensino Fundamental. "É preciso acompanhar as famílias, ensinar disciplina, cobrar o tema de casa." Gerson Peteffi (PSDB) afirmou que não deixaria sua filha em uma escola onde não fosse possível repetir de ano. "Temos que ter cuidado. As crianças de hoje são o nosso futuro."
Meio ambiente e rua 24 de Maio
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Luiz Carlos Schenlrte (PMDB), falou sobre sua participação, ao lado de Matias, do encontro nacional de vereadores, realizado em Curitiba. "A gente tinha a capital do Paraná como exemplo na área da ecologia. Para nossa surpresa, não é o que vimos. A cidade é limpa; as ruas, largas. Mas os rios estão contaminados. Observamos os arroios que passam pela cidade: a situação é grave."
Carlinhos também contou que, no final de março, foi ao Dnit conhecer o projeto do túnel sob a BR-116, fazendo uma ligação com a rua 24 de Maio. "Acredita que esse novo caminho vai ser muito bom. Serão duas vias", disse.
Polêmica e política externa
Cassel falou ainda que ficou perplexo quando leu no jornal uma matéria na qual o governador do Estado defende a legalização da maconha. "Essa é a porta para outras dependências." Serjão afirmou também ser contra a liberalização dessa droga.
Jesus e Serjão ainda criticaram a política externa brasileira, que envia verbas para o exterior enquanto muitos brasileiros precisam de ajuda.