Câmara lança Procuradoria Especial da Mulher
O presidente da Casa, Felipe Kuhn Braun (PDT), a coordenadora das Políticas Públicas de Novo Hamburgo para as Mulheres, Eliana Benkenstein, e Cristina Machado, representante da deputada estadual e procuradora Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, Manuela D’Ávila, também estavam presentes, além de outras autoridades, como a vice-prefeita de São Leopoldo, Paolete Souto, e militantes de movimentos sociais. Os vereadores Professor Issur Koch (PP), Cristiano Coller (Rede) e Enio Brizola (PT) e as suplentes Semilda dos Santos - Tita (PP), Márcia Glaser (PMDB) e Gislaine de Fátima Schmidt Prate Pires (PR) prestigiaram a solenidade.
Felipe lembrou a importância da valorização da mulher no mercado de trabalho. “Ninguém atua sozinho, ainda mais na política. Me sinto feliz e honrado em ter participado do grupo que criou e do que está colocando em prática a Procuradoria Especial da Mulher.” Ele destacou as mulheres que estão à frente do Executivo aqui no Município, em cidades vizinhas e também em outros Poderes. Mas também frisou que há muito o que evoluir. “A mulher ainda é vítima de violência das mais diversas formas”, concluiu.
A coordenadora das Políticas Públicas de Novo Hamburgo falou que, embora a baixa representatividade das mulheres na vida política, elas estão cada vez mais lutando para serem ouvidas. “A procuradoria deve promover a leitura do atual cenário brasileiro. Somos a maioria da população, somos mais escolarizadas. Mas ainda temos uma baixa participação eletiva.” Eliana disse que a soma de forças nas esferas nacional, estadual e municipal certamente trará importantes avanços.
Cristina Machado, representando a deputada e procuradora Especial da Mulher na Assembleia Legislativa no RS, Manuela D’Ávila, frisou a necessidade das procuradorias municipais. “É mais um local para nos apoiar. Mais um espaço para mulheres e mães buscarem ajuda.” Ela ressaltou que, além de realizarem atendimentos, também promovem eventos para dar voz às mulheres. “Precisamos ser ouvidas”, falou.
A procuradora Patricia Beck salientou que a mulher brasileira “mata um leão por dia’ e que ‘dá conta” da vida política também. “Queremos mudar realidades”, disse. Ela aproveitou o momento para lançar a Campanha “Não é Não”, inspirada em trabalho semelhante realizado pela Assembleia Legislativa, e explicou que ela alerta para casos de assédio sexual e moral contra mulheres. “Na próxima semana já vamos propagar a campanha pelos órgãos públicos do Município. Lutaremos por respeito”, disse.
A senadora Vanessa Grazziotin falou que a abertura de mais uma procuradoria da mulher é um momento comemorado por toda a sociedade. Em seu discurso, ela disse que a sociedade discrimina seja pela cor da pele, pela opção sexual ou pelo gênero. “Temos de erradicar da sociedade essas discriminações”, apontou. “As mulheres representam mais da metade da população, mas ainda recebem 25% a menos do que os homens, mesmo exercendo a mesma função. A mulher possui uma jornada tripla de trabalho (trabalha fora, em casa e cuida dos filhos). As mulheres ocupam somente 10% das cadeiras parlamentares. Há 2.200 cidades brasileiras sem nenhuma vereadora, além da pouca representatividade na Câmara e no Senado. Como superar este problema?”, questionou. Ela lembrou que o preconceito também é muito sutil. "Tudo leva a acreditar que a mulher é inferior. Por isso precisamos trabalhar a educação sem preconceitos.”
Sobre a vida política das mulheres, Vanessa lembrou que somente em 1979 o Brasil teve a 1ª mulher no Senado. Em 1995, veio a Lei que previa a cota de 30% de candidaturas femininas – que podia ou não ser preenchida. E que somente em 2009, veio a obrigatoriedade. A partir daí, segundo ela, observou-se outro problema: as candidatas laranjas, somente para cumprir a lei. “A nossa luta não é em vão. Recentemente tivemos uma importante vitória: 30% dos fundos partidários terão de ser destinados às mulheres. Agora, queremos uma mudança de cultura dentro dos partidos, queremos voz, o mesmo tempo nas propagandas eleitorais”, disse. Conforme a vereadora essa não é uma luta só das mulheres, mas dos homens também. Segundo a senadora, os projetos que tratam do combate à violência contra as mulheres sempre são aprovados. Mas os que buscam a igualdade de trabalho e remuneração, por uma educação inclusiva, não. “Por isso, as Procuradorias da Mulher têm um importante papel: além de ser um local de referência e acolhimento, devem propor ações que discutam o protagonismo da mulher nas mais diferentes frentes", concluiu.
Confira as imagens do lançamento
Mesa Diretora 2017 – Idealizadora da Procuradoria Especial da Mulher
Patricia Beck (PPS – presidente), Naasom Luciano (PTB – vice-presidente), Felipe Kuhn Braun (PDT – 1º secretário) e Vladi Lourenço (PP – 2º secretário)
Mesa Diretora 2018 – Realizadora da Procuradoria Especial da Mulher
Felipe Kuhn Braun (PDT – presidente), Vladi Lourenço (PP – vice-presidente), Enio Brizola (PT – 1º secretário) e Gabriel Chassot (Rede – 2º secretário)
A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Novo Hamburgo foi concebida a partir de reuniões da Rede Integrada Laço Lilás, a qual aproximou representantes dos três poderes e forças de segurança nas questões referentes à defesa dos direitos das mulheres. Ela foi instituída pela Resolução nº 15/2017.
Saiba mais:
Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Novo Hamburgo
Procuradora: Vereadora Patricia Beck
Apoio: Servidora Carolyne Andersson
Local de atendimento: Rua Almirante Barroso, 261 – Térreo
Telefone de contato: (51) 3594-0560
Horário de atendimento: De segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas
Acesse o link da Procuradoria Especial da Mulher.
Confira as notícias da Procuradoria Especial da Mulher.
Conheça a Campanha Fale Agora.