Vereadores aprovam contratação temporária de entrevistadores sociais
Para concorrer às vagas, é necessário ser maior de idade, ter completado o ensino médio e comprovar conhecimentos básicos em informática. Os contratos terão duração de um ano, podendo ser prorrogados por igual período. O processo seletivo será supervisionado por servidores da SDSH.
O objetivo da contratação, segundo a Prefeitura, é aumentar a capacidade de atendimento de suas equipes, acelerar a inscrição de famílias unipessoais no Programa Bolsa Família e proceder atualizações cadastrais necessárias para evitar bloqueios e cancelamentos de benefícios. “Devido a toda a demanda reprimida em razão da situação de calamidade, somada às novas demandas atuais, justifica-se a necessidade da contratação emergencial”, pontua o prefeito Gustavo Finck.
Os entrevistadores sociais obedecerão a uma carga semanal de 40 horas para um salário mensal de R$ 1.903,00. O PL nº 54/2025 reforça que os contratos não gerarão estabilidade ou efetividade e não reconhecerão vantagens elencadas nas legislações estatutária e celetista. Os funcionários temporários contribuirão obrigatoriamente ao regime geral de previdência social e terão direito a férias e 13º salário. Eventual rescisão antecipada dos contratos pode ocorrer a pedido do profissional, por conveniência da Administração ou por ocorrência de falta disciplinar ou regulamentar. Caso as oito vagas sejam preenchidas, a Prefeitura calcula um investimento anual de R$ 267.584,00.
Eliton Ávila (Podemos) parabenizou o envio do projeto. “Precisamos que essas contratações ocorram o mais breve possível para abordarmos as pessoas vítimas da enchente, atualizarmos os cadastros sociais e evitarmos a perda de recursos federais ou estaduais”, frisou o vereador. Professora Luciana Martins (PT) concordou com a aprovação do PL, mas lamentou a opção por contratos temporários, os quais considera precários. “O serviço público precisa de continuidade e de políticas permanentes e eficientes”, opinou a parlamentar, que sublinhou também o baixo salário oferecido. “É um cargo de amplitude enorme e para o qual haverá um investimento em cursos de formação para trabalhadores que podem não permanecer. Provavelmente, se conseguirem empregos melhores, eles deixarão seus cargos. Para o serviço público, isso é ruim”, reforçou Luciana.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.