Projeto reconhece curso de Artes Visuais da Feevale como patrimônio imaterial de Novo Hamburgo
De acordo com a justificativa, o reconhecimento tem o objetivo de preservar a memória e a contribuição do curso para o desenvolvimento artístico e educacional da cidade. O texto ressalta que o IBA foi a primeira instituição de ensino de Novo Hamburgo a obter reconhecimento federal como faculdade, tornando-se referência na formação de professores e profissionais das artes visuais.
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O curso, que passou a integrar oficialmente a Universidade Feevale em 1970, atualmente é ofertado nas modalidades licenciatura e bacharelado, mantendo seu compromisso com a arte, a cultura e a educação. Contudo, por decisão da instituição, não haverá vestibular para o próximo ano. Na sessão do dia 29 de setembro, a Câmara já havia aprovado moção pela permanência do curso de Artes Visuais, de autoria dos mesmos vereadores.
Os parlamentares também destacam a presença de professores e artistas de renome em sua trajetória, como Aloysio Daudt, João Lupi e Vera Chaves Barcellos, além da histórica integração com entidades sociais e culturais do município. O Projeto de Lei nº 116/2025, que retorna à pauta na próxima segunda, 1º, autoriza o Executivo a adotar as medidas administrativas necessárias para o tombamento imaterial do curso com fins de conservação, valorização e preservação histórica.
Além das Artes Visuais, a partir do próximo processo seletivo, a Universidade Feevale não ofertará mais os cursos de Design de Interiores, Estética e Cosmética, História, Letras e Relações Públicas. A decisão, segundo a instituição, foi tomada após análise do cenário educacional, considerando a baixa procura nessas áreas, o que inviabiliza a continuidade da oferta.
Na tribuna, Professora Luciana Martins pontuou que o fechamento do curso impacta toda a região.
A aprovação em primeiro turno
Na Câmara de Novo Hamburgo, os projetos são sempre apreciados em plenário duas vezes. Um dos objetivos é tornar o processo (que se inicia com a leitura da proposta no Expediente, quando começa sua tramitação) ainda mais transparente. O resultado que vale de fato é o da segunda votação, geralmente realizada na sessão seguinte. Assim, um projeto pode ser aprovado em primeiro turno e rejeitado em segundo – ou vice-versa.