Presidente da Associação Basquetchê pede apoio para estruturar modalidade em Novo Hamburgo
Grade também revelou o desejo de estabelecer projetos em espaços públicos nos bairros Boa Saúde, Diehl, Roselândia e Santo Afonso, disponibilizando equipamentos e educador físico para a divulgação do basquete entre os jovens e a captação de atletas para as categorias de base. Ele salientou a importância também da estruturação de uma equipe profissional, que sirva de estímulo e referência para quem deseja seguir na modalidade.
“A carência no basquete existe não só aqui, mas no Rio Grande do Sul e no Brasil. Em 2011, fez-se uma parceria vitoriosa com a Feevale para a montagem de um time universitário. Do pouco, fizemos muito. Imagina o quanto conseguiríamos fazer com a ajuda do Município, aportes privados e o envolvimento de pessoas dedicadas. Tudo isso com gerenciamento esportivo, tendo uma linha de raciocínio de como e aonde queremos chegar”, expôs.
Fundada em 2023 por um grupo de amigos, a Associação Basquetchê busca o crescimento do esporte no Vale do Sinos, atuando na administração de equipes, na captação de recursos e no desenvolvimento de iniciativas voltadas não apenas para crianças, mas também na modalidade para cadeirantes, como ocorre na parceria com a Associação dos Lesados Medulares (Leme). “Hoje, a associação destina seu maior tempo para o planejamento e aprovação de projetos junto aos poderes federal, estadual e municipal. Estamos tentando um terreno ou pavilhão desativado para fazermos o investimento de recursos nesses locais. Queremos formar atletas de alto rendimento e cidadãos”, frisou o convidado.
Grade também enalteceu a recente aprovação do Programa Bolsa Atleta, lamentou a perda de emendas parlamentares ao longo dos últimos anos, propôs a criação de um site com informações sobre onde praticar cada uma das modalidades e sugeriu aos vereadores a convocação do Conselho Municipal de Desportos à tribuna para que possam entender a realidade local. “O esporte de Novo Hamburgo está precisando de um abraço, para vislumbrar resultados e, principalmente, deixar legados”, afirmou.
Enio Brizola agradeceu a presença de seu convidado e ressaltou o basquete como um dos esportes em maior expansão na cidade. “Uma atividade que afasta a juventude dos digitais e de outras propostas não tão do bem, e garante uma prática saudável e que oportuniza convivência e amizades”, enfatizou.
Ex-secretário de Esporte e Lazer e ex-líder do governo Fátima Daudt na Câmara, Ricardo Ritter – Ica (MDB) lembrou investimentos recentes na Praça do Foguete, mas salientou que ainda falta estrutura. “Conseguimos ao menos reformar o piso, o que era bastante exigido. O esporte, em todas as instâncias públicas, é sempre o menor orçamento. Quem cuida do esporte precisa aprender a administrar mais ‘nãos’ do que ‘sins’”, lamentou. “O esporte tem que ser uma das prioridades do governo”, opinou o presidente Cristiano Coller (PP).
Giovani Caju (PP) externou sua tristeza ao saber que as tabelas oficiais instaladas pela associação no Parque do Trabalhador são as únicas do município. “A que ponto o esporte chegou. Quando o público falha, é a iniciativa privada e os apaixonados que fazem a diferença”, acrescentou.
Juliano Souto (PL) elogiou a iniciativa liderada por Eduardo em apoiar os atletas cadeirantes da Associação dos Lesados Medulares do RS (Leme). “Vocês estão lutando por uma causa que muitos ignoram”, afirmou, acrescentando que seu gabinete e o do vereador Ito Luciano estão à disposição para colaborar com as demandas apresentadas.
Professora Luciana Martins (PT) também elogiou o acolhimento ao basquete adaptado da Leme. "O esporte é um direito constitucional a todos. E os governos precisam se comprometer a viabilizá-lo. Lamento que tenhamos equipamentos públicos que não são devidamente mantidos". Ela lembrou que a entidade participou recentemente de reunião da Comissão de Direitos Humanos (Codir), na qual lamentou a falta de repasses de recursos por parte do Município.