Nota de Pesar: Abrelino Rodrigues, ex-presidente da Câmara em 1988, morre aos 76 anos

por Maíra Kiefer última modificação 19/05/2021 22h18
19/05/2021 – Vereador com uma das mais longas trajetórias no Parlamento de Novo Hamburgo e presidente da Casa em 1988, Abrelino Bilo Rodrigues da Silva faleceu na noite de terça, 18, aos 76 anos, no hospital de Campo Bom, após mais de um mês de internação em decorrência de complicações causadas pela diabetes. Detentor de seis mandatos como titular e atuações na suplência, o parlamentar foi velado na tarde desta quarta no Memorial Krause, e sepultado no cemitério Católico do Bairro Hamburgo Velho.
Nota de Pesar: Abrelino Rodrigues, ex-presidente da Câmara em 1988, morre aos 76 anos

Foto: Arquivo/CMNH

Durante a sessão plenária desta quarta, os parlamentares lamentaram a perda e recordaram o papel de destaque de Abrelino no cenário político da cidade. O vereador Ricardo Ritter – Ica (PSDB) apresentou voto de pesar. O colega de plenário de legislaturas anteriores destacou a importante atuação de Rodrigues e o longo tempo de trabalho parlamentar, um pouco menor apenas que o do colega Gerson Peteffi (MDB), que também se pronunciou sobre a morte.

Histórico

O vereador nasceu em Rolante, no município de Santo Antônio da Patrulha, em 21 de novembro de 1944, onde permaneceu até os quatro anos de idade. Em 1949, os pais Ernesto Rodrigues da Silva e Benta Líria da Silva fixaram residência em Novo Hamburgo. Abrelino deixa  três filhos: Ângela Maria, Ana Lúcia e Ronaldo.

Começou sua vida profissional muito cedo: seu primeiro emprego foi aos 13 anos de idade como gráfico. Atuou na área calçadista, foi empresário de exportação, mas também conheceu e trabalhou em todos os cargos de uma fábrica de calçados, desde a costura e modelagem, até a venda do calçado.

Antes de entrar para a política dedicou-se à área social. Prestou serviço voluntário como comissário de menores por quatro anos, função hoje conhecida como conselheiro tutelar. Fiscalizou vários atos irregulares de vandalismo e prostituição, sendo conhecido como um vereador preocupado com a população carente e suas necessidades. Impediu vários abusos com meninas menores de idade e consumo de drogas. Fez parte durante dois anos do conselho de assistência aos presidiários, participou do corpo de júri da comarca por 10 anos e atualmente é membro do conselho fiscal do Lar da Menina.

Abrelino foi eleito pela primeira vez, como suplente, em 1971, tendo assumido a vereança várias vezes durante a legislatura. Em 1976 elegeu-se vereador titular pelo extinto MDB – Movimento Democrático Brasileiro - para a Sétima Legislatura, que se estendeu de 1977 a 1982, em função da prorrogação dos mandatos. Com a reforma partidária optou por permanecer na mesma frente de luta, ingressando no PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Em 1982 elegeu-se vereador para o segundo mandato como titular. Novamente, por impositivos legais, o mandato foi prorrogado, perdurando de 1983 a 1988. No último ano do mandato, 1988, presidiu a Câmara. Em 1989, assumiu o cargo de Secretário Municipal de Serviços Urbanos. É autor de vários projetos de lei, sendo que um deles originou a lei do Código de Serviços Urbanos e a lei que regulamenta transportes de carga da cidade. 

O trabalho desenvolvido na área social e de Direitos Humanos marcou sua trajetória política. Durante várias legislaturas participou de diversas comissões permanentes na Casa, com maior participação em Defesa Social, em 1991, Direitos Humanos em 1996 e 1998, e Segurança Social e Defesa do Consumidor em 1999.