Moção cobra auditoria no IPE Saúde

Brizola ressalta que, embora as mensalidades estejam cada vez mais altas, a cobertura assistencial decai. “Há ainda a escassez de opções de atendimento médico especializado no interior, o que obriga o deslocamento até a Capital, gerando, além de desgaste físico, um pesado ônus financeiro. É inadmissível que uma instituição que cobra valores tão elevados ofereça, em contrapartida, um serviço tão insatisfatório. Essa situação não pode mais se prolongar”, assevera o autor, que pede transparência e a apuração de eventuais irregularidades na administração da autarquia.

Além da aprovação unânime em plenário, a Moção nº 27/2025 recebeu o acréscimo das assinaturas de Daia Hanich (MDB), Felipe Kuhn Braun (PSDB), Nor Boeno (MDB) e Professora Luciana Martins (PT). “Isso fortalece a manifestação”, agradeceu Brizola. “Os salários do funcionalismo estadual já vêm achatados há muito tempo. Foram sete anos sem reposição. E o custo do IPE Saúde vai pesando. O que é cobrado do funcionalismo não é retribuído em qualidade no atendimento”, lamentou.

Policial civil, a vereadora Daia Hanich contou enfrentar todos os problemas relatados por seu colega. “Muitas vezes temos que nos deslocar para outras cidades para conseguirmos atendimento”, revelou a servidora. Luciana Martins salientou que a auditoria é importante não apenas no instituto estadual, mas também no Ipasem. “A auditoria não é uma caça às bruxas. É um instrumento importante para apontar os erros e indicar o que pode ser feito para buscar um ponto de equilíbrio”, resumiu Brizola.

O que é uma moção?

A Câmara se manifesta sobre determinados assuntos – aplaudindo ou repudiando ações, por exemplo – por meio de moções. Esses documentos são apreciados em votação única e, caso sejam aprovados, cópias são enviadas às pessoas envolvidas. Por exemplo, uma moção louvando a apresentação de um projeto determinado no Senado pode ser enviada ao autor da proposição e ao presidente daquela casa legislativa.