Fundação de Saúde busca apoio para modernizar estruturas do Hospital Municipal e UPAs
Funcionário da Fundação há oito anos, ele assumiu a gerência no início da atual gestão. Criada em 2010 como fundação estatal de direito privado, a FSNH é vinculada à Secretaria Municipal de Saúde e atua exclusivamente no âmbito do SUS, com autonomia gerencial, patrimonial, orçamentária e financeira.
O setor de Patrimônio e Infraestrutura é responsável por áreas como engenharia clínica, transporte, manutenção predial e serviço de arquivo médico e estatísticas, contando atualmente com 35 servidores. Além de cuidar da estrutura física e patrimonial da rede, a equipe também dá suporte ao deslocamento de profissionais do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e da Saúde Mental.
O gestor citou as ações realizadas ao longo do ano, como pregão para compra de ferramentas e materiais; reforma do corredor da recepção principal do hospital; adequação do centro de material esterilizado; instalação de ar-condicionado nas recepções dos laboratórios e UPAs e na copa dos funcionários; reformas na UTI e corredores do centro de imagens; construção do setor de endoscopia e colonoscopia, ampliando o número de exames à população; além de licitação para troca das ambulâncias brancas do município, que estavam sucateadas. Somente em agosto, segundo ele, foram 203 chamados de manutenção predial atendidos, com redução de 20% nos custos de manutenções emergenciais em comparação ao mesmo mês do ano passado.
O gerente também destacou projetos em parceria com a Secretaria de Gestão, Governança e Desburocratização para captação de recursos destinados à modernização do hospital, que completou 78 anos. Entre as principais demandas, estão a reforma do telhado; cercamento completo da unidade para melhoria do controle de acesso; nova central de telefonia; revitalização da fachada; e adequação das calçadas do entorno para acessibilidade.
Gobbi reforçou a necessidade de apoio dos vereadores para ampliar o orçamento, aumentar a equipe técnica e modernizar equipamentos. “Uma saúde pública de qualidade depende de prédios seguros, equipamentos funcionais e gestão inteligente”, afirmou.
Manifestação dos vereadores
Daia Hanich (MDB) questionou a precariedade da base do Samu e a existência de contratos de locação pela FSNH. E perguntou sobre o fornecimento de medicamentos. Gobbi explicou que há locação de prédios para a antiga Casa da Gestante, arquivos médicos e bens inservíveis, além de um contrato judicializado. Garantiu que não há falta de medicamentos nem de itens de higiene.
Joelson de Araújo (Republicanos) sugeriu a contratação de mão de obra para conserto de macas e cadeiras de rodas. Gobbi afirmou que a falta de cadeiras é um problema antigo e que já foram, inclusive, tentadas doações.
Giovani Caju (PP) alertou sobre a deterioração de quartos e o risco de infecções, defendendo a criação de um espaço de descanso para os trabalhadores. O vereador lembrou que profissionais de saúde estão adoecendo por falta de condições de trabalho.
Ito Luciano (Podemos) questionou a paralisação de obras e a possibilidade de empréstimos de cadeiras de rodas. Gobbi explicou que as obras do bloco cirúrgico estão paradas até que o telhado seja reformado. Também revelou a necessidade de readequação da central de oxigênio da UPA Canudos. Ele reiterou a informação sobre a falta de equipamentos para facilitar a locomoção, mas disse que há cedência de camas hospitalares via SAD.
Ico Heming (Podemos) agradeceu a presença dos servidores e perguntou sobre o patrimônio da FSNH. Gobbi informou que está sendo feito um inventário atualizado de todos os equipamentos do Hospital, das UPAs e dos bens inservíveis.