Nova reunião a respeito de impasse sobre servidores da Comur deverá ser realizada na quinta
Estiveram à frente da condução do debate de hoje os presidentes das Comissões de Obras, Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, Sergio Hanich – Serjão (PMDB), e de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor (Codir), Fernando Lourenço (SD). Também participaram a presidente do Legislativo, Patricia Beck (PPS), o 1° secretário da Mesa Diretora, Felipe Kuhn Braun (PDT), e os vereadores Enio Brizola e Nor Boeno, ambos do PT, além de representantes dos gabinetes de Naasom Luciano (PTB), vice-presidente da Câmara, Gabriel Chassot (Rede), Enfermeiro Vilmar (PDT), Inspetor Luz (PMDB) e Professor Issur Koch (PP). Por parte dos funcionários da Comur, estavam presentes o porteiro Clênio Eviton Koche e Felipe Souza da Silva, vice-presidente da Associação de Funcionários da Comur, além de Adriana Selzer Ninomiya, coordenadora de Comissões da Casa Legislativa.
Clênio disse que versões diferentes estão sendo dadas pelo Executivo como justificativa às demissões: “Queremos a verdade”, pediu o servidor. Ele informou que, para desempenhar o trabalho feito pelos 28 porteiros da Comur - outros dois estão em licença -, a empresa vencedora da licitação Serv Seguro, de Guaíba, utilizará 21 funcionários. Para ele, isso justificaria o valor mais baixo cobrado pelo serviço. A Comur informou, por meio do advogado Fábio Tomasiak, que o número de 28 servidores não está correto. Segundo ele, são lotados 22 concursados em postos de portaria, e 21 deles receberam o aviso demissional. Uma servidora que está grávida será reaproveitada em outro local, pois a legislação garante a estabilidade da empregada gestante a partir da confirmação da gravidez. Tomasiak esclareceu que, ao longos dos cinco anos do concurso, várias pessoas se desligaram da empresa, outras não chegaram a assumir. Talvez, por isso, tenha ocorrido essa divergência quanto à quantidade. O contato com o advogado foi feito por telefone pela Assessoria de Comunicação da Câmara.
Com objetivo de solucionar a situação, Patricia reiterou a proposta de que esses servidores que receberam aviso demissional possam ser aproveitados nas USFs e UBSs, auxiliando o ingresso das pessoas que buscam atendimento médico nas unidades. “E, assim, deixariam uma vigilância armada no Hospital Municipal, na UPA à noite para fazer a segurança”, exemplificou a vereadora.
“O pessoal da Comur que atua nas escolas vêm falando que teme uma possível terceirização dos serviços prestados por eles também”, disse Brizola. O vereador acrescentou ainda que um bom número de guardas municipais faz vigilância da Prefeitura e secretarias. Ele sinalizou que os servidores da Comur poderiam realizar esse mesmo trabalho, nos casos em que não há necessidade de vigilância armada, liberando mais guardas para atuarem nas ruas de Novo Hamburgo.
Serjão disse estar preocupado com a situação em que se encontram os servidores que já foram avisados sobre suas demissões. “Creio que devemos nos ater a esse caso específico”, disse. Ele sugeriu ainda que o colega fizesse um requerimento questionando quantos guardas estão sendo utilizados nas repartições. Fernando Lourenço (SD) afirmou que a situação em questão já serve como um sinal de alerta, mostrando que os parlamentares estão atentos ao que vem ocorrendo. Após Silva comentar que outros servidores da Comur ganharam na Justiça o direito de retornar aos seus postos de trabalho depois de terem sido demitidos há um ano, Felipe Kuhn Braun mostrou-se preocupado com o prejuízo que uma judicialização do caso pode trazer ao Município. Durante a reunião, Nor Boeno também reforçou sua preocupação sobre o destino dos funcionários que serão dispensados.
Foto: Maíra Kiefer/CMNH