TV Câmara - Virologista explica os perigos, causas e consequências das variantes do novo Coronavírus

por Tatiane Souza última modificação 12/02/2021 18h06
12/01/2021 - "A melhor vacina que tem para qualquer pessoa tomar é a que estiver disponível", afirmou o virologista Fernando Spilki em entrevista para o programa Vitalidade da TV Câmara NH. No bate-papo, a jornalista Tatiane Lopes questionou sobre a origem, as diferenças e as consequências das "novas cepas" do coronavírus e perguntou também sobre a estratégia de vacinação, o tempo que levará para chegarmos à chamada "imunidade de rebanho" e se podem haver efeitos adversos. O programa foi ao ar dia 10 de fevereiro no canal 16 da Claro/Net e está disponível no Facebook e YouTube da TV Câmara NH.
TV Câmara - Virologista explica os perigos, causas e consequências das variantes do novo Coronavírus

Foto: Lucas Mallmann/TV Câmara NH

Fernando Spilki é coordenador da Rede Corona-ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), professor e coordenador do Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale. Doutor em genética e biologia molecular, com atuação em virologia básica, animal, humana e ambiental, foi presidente da Sociedade Brasileira de Virologia no Biênio 2019-2020. Com isso, acompanhou de perto as pesquisas sobre os genomas do novo coronavírus e a corrida pela vacina.

Na conversa, Spilki abordou os detalhes sobre as variantes do coronavírus que estão preocupando governos e instituições de saúde ao redor do mundo. Apesar das centenas de mutações sofridas, quatro geraram alerta para a comunidade científica: uma identificada inicialmente no Reino Unido, outra na África do Sul e duas no Brasil.

O virologista explicou que nem sempre as mudanças genéticas são benéficas para o vírus, muitas vezes elas podem enfraquecê-lo. Mas quanto mais pessoas são infectadas, maior o risco de uma versão pior do coronavírus aparecer. "Sem medidas de controle adequadas, as variantes novas têm toda a oportunidade para se disseminar", enfatizou. Por isso, é necessário reforçar as medidas de segurança enquanto a vacinação ocorre e agilizar o processo.

Questionado sobre efeitos colaterais da vacina, Spilki reconheceu que algumas pessoas podem sentir sintomas semelhantes ao de outras vacinas mais comuns: fraqueza, congestão nasal, dor de cabeça, ou dores no corpo. Porém, os sintomas costumam durar menos que um resfriado, em média três dias. Ainda assim, fez questão de reiterar que 80 a 85% das pessoas que fazem a vacina "não terão qualquer sintoma".

Essa semana, a Prefeitura de Novo Hamburgo realizou a vacinação de funcionários da saúde e idosos acima de 85 anos por "Drive Thru". Conforme o recebimento de novas doses pelo município, diferentes públicos poderão receber o imunizante. Por enquanto, pessoas fora dos grupos de risco precisam esperar e se proteger como for possível.

Para finalizar, Spilki fez um panorama da evolução do Sars-Cov-2 no Brasil e no mundo e como o País conduziu a pandemia, destacando erros e acertos.

Para saber todos os detalhes sobre o assunto, assista a entrevista na íntegra:

O Programa Vitalidade vai ao ar desde 2012 pela TV Câmara, canal 16 da Claro/Net, e aborda assuntos relacionados à saúde, qualidade de vida, bem-estar e comportamento. Sugestões de pautas para serem abordadas pelo programa podem ser enviadas para o e-mail tv@camaranh.rs.gov.br.

*Texto de Rodrigo Westphalen, estagiário de Jornalismo na Assessoria de Comunicação da Câmara.

Veja a lista completa dos Vitalidades. 

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