Título de Cidadã de Novo Hamburgo será concedido a Emília Sauer em ato solene virtual

por Maíra Kiefer última modificação 19/11/2020 21h30
19/11/2020 - A entrega da mais importante honraria conferida pela Câmara Municipal de Novo Hamburgo terá em 2020 duas singularidades. Diferentemente de outros anos, em que o Plenário ficava repleto de parentes e admiradores para acompanhar a concessão do Título de Cidadão de Novo Hamburgo, a outorga para a professora e pianista Emília Margret Sauer será realizada na próxima quarta-feira, 25, a partir das 14h, em um ato solene virtual durante parte do Expediente da sessão plenária.

Essa mudança no protocolo se deve aos cuidados necessários, em meio à pandemia da Covid-19, para preservar a saúde da homenageada, que se enquadra no grupo de risco, do público, dos vereadores e dos funcionários da Casa Legislativa. Aos 98 anos, Dona Emi é a pessoa mais idosa a receber esse reconhecimento da cidade. Antes dela, apenas um nonagenário teve tal deferência: Léo Breno Adams. Em 2005, ano da homenagem, o médico tinha 90 anos.

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Por iniciativa do vereador Felipe Kuhn Braun (PP), com a anuência unânime dos colegas, a instrumentista será um dos rostos a ser destaque na Galeria dos Cidadãos, localizada no saguão do Parlamento.  O descerramento da imagem, antes realizado pelo escolhido e pelo proponente da homenagem, será acompanhado por Dona Emi por meio de transmissão da TV Câmara NH. 

Biografia: piano e ensino

Natural de Ijuí, Dona Emi, como se tornou conhecida em sua trajetória profissional, nasceu em 25 de julho de 1922. Seis anos depois, mudou-se para Lomba Grande, após seu pai candidatar-se à vaga de pastor na Comunidade de Confissão Evangélica Luterana. Com a única irmã, Elizabetha, foi interna da Fundação Evangélica de Novo Hamburgo e, posteriormente, estudou música no conservatório Carlos Gomes, no Colégio São José, de São Leopoldo.

Após esse período, as duas atuaram como professoras da instituição por quatro anos. Juntamente à mãe, poetisa e escritora, Emi e Elizabetha criaram uma pequena escola na qual ensinavam música e idiomas. O desafio foi imposto à família após a morte do pai. Com o passar do tempo e algumas mudanças de endereço, o empreendimento cresceu e ganhou importância no município, transformando-se no Instituto de Belas Artes de Novo Hamburgo (IBA).

Pianista, Emi foi responsável pela formação musical de inúmeros alunos ao longo de sua carreira. Na década de 1960, mesmo tendo deixado a direção da instituição por apelo de seu marido, o austríaco Alfredo Häckl, prosseguiu trabalhando com canto orfeônico no colégio Visconde de São Leopoldo e musicoterapia na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

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