Rua inaugurada próximo à estação Santo Afonso levará o nome de Celestino Killing

por Tatiane Souza última modificação 28/09/2022 20h59
28/09/2022 – No final de agosto, a Prefeitura de Novo Hamburgo realizou a entrega de uma rua aberta próximo à estação Santo Afonso da Trensurb. A nova via liga as avenidas Primeiro de Março e Montevidéo, ao norte da rua Leopoldo Wasun. Antes de concluir as obras, o Executivo encaminhou à Câmara sua proposta de nome para o logradouro. Em decisão unânime, os vereadores voltaram a aprovar nesta quarta-feira, 28, projeto de lei que batiza a via como rua Celestino Killing.
Rua inaugurada próximo à estação Santo Afonso levará o nome de Celestino Killing

Foto: Maíra Kiefer/CMNH

Natural de Dois Irmãos, o empresário ficou conhecido em Novo Hamburgo por ter sido o fundador das Tintas Killing. Com 60 anos de história, a empresa é uma das principais produtoras de tintas do país e líder na linha de adesivos para calçados. Com a aprovação em segundo turno, o Projeto de Lei nº 61/2022 retorna agora às mãos da prefeita Fátima Daudt para sanção e publicação. 

Líder de governo na Câmara, assim como realizou em sessão especial realizada na noite dia 19 de setembro na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, Ricardo Ritter - Ica (PSDB) voltou a pedir aos colegas parlamentares a aprovação da matéria.

Resumo biográfico

Celestino mudou-se com sua família para Novo Hamburgo ainda criança. Para ajudar nas despesas de casa, começou a trabalhar desde cedo como office-boy, baleiro, jornaleiro e entregador de pão. Impedido de continuar os estudos a partir da quinta série, Celestino buscou aprender com a vida. Trabalhando com um de seus seis irmãos, aproximou-se das áreas de pintura, decoração e elétrica. 

Aos 23 anos, fundou ao lado de um sócio a Killing e Dreher, empresa de pintura e manutenção de residências. Dois anos mais tarde, em 1949, deixou a parceria para abrir a L. Celestino Killing, voltada para a confecção de outdoors e pintura de letreiros em fachadas, veículos e painéis de estradas. 

Em 1962, deu início à trajetória das Tintas Killing, com foco na produção para o setor coureiro-calçadista. Já com uma década de atuação, mas temendo a queda nas vendas devido ao predomínio do couro cru, decidiu pela aquisição da Tintas Tucano, que atuava nos segmentos imobiliário, metalmecânico e moveleiro. O movimento expandiu ainda mais a marca para o mercado nacional. 

Em 2002, após 40 anos de dedicação, Celestino passou o controle da empresa para seus sucessores. Atualmente, a indústria química conta com outras três plantas fabris, com sedes na Bahia, Argentina e México, e um portfólio de aproximadamente 2,5 mil itens. Ao todo, são mais de 500 colaboradores impulsionando uma produção anual de 13 milhões de litros de tinta e consolidando a empresa como a maior fabricante de adesivos para o setor calçadista em toda a América Latina. 

Leia também: Pioneirismo, inovação e responsabilidade social e ambiental são marcas dos 60 anos das Tintas Killing 

Pai de nove filhos, que lhe deram 22 netos e três bisnetos, Celestino reuniu histórias de sua vida em um livro escrito em coautoria com Simone Saueressig. O empresário faleceu no dia 29 de junho de 2015, aos 92 anos. 

Para o projeto virar lei

Para que um projeto se torne lei depois de aprovado em segunda votação, ele deve ser encaminhado à Prefeitura, onde poderá ser sancionado e promulgado (assinado) pela prefeita. Em seguida, o texto deve ser publicado, para que todos saibam do novo regramento. Se o documento não receber a sanção no prazo legal, que é de 15 dias úteis, ele volta para a Câmara, que fará a promulgação e ordenará sua publicação. Quando isso ocorre, é dito que houve sanção tácita por parte da prefeita.

Há ainda a possibilidade de o projeto ser vetado (ou seja, rejeitado) parcial ou totalmente pela prefeita. Nesse caso, o veto é analisado pelos vereadores, que podem acatá-lo, e então o projeto não se tornará lei, ou derrubá-lo, quando também a proposta será promulgada e publicada pela Câmara.