Segunda noite de exibição do documentário sobre Novo Hamburgo emociona público no Legislativo

por Maíra Kiefer última modificação 20/04/2018 12h18
19/04/2018 – A cidade que carrega em seu nome seus laços estreitos com a Alemanha, mas que se expandiu graças também aos esforços de outras nacionalidades e povos, é retratada no documentário “Movimentos: 90 anos de Novo Hamburgo” como um importante polo industrial e cultural do país. A segunda noite de exibição do filme no Legislativo trouxe ao plenário nesta quinta, dia 19, uma plateia interessada em aprofundar as informações sobre o Município a partir do debate com o diretor Leonardo Peixoto e com o pesquisador e presidente da Câmara, Felipe Kuhn Braun (PDT). O evento integra as atividades promovidas pela Casa Legislativa para celebrar os 91 anos da emancipação.

Antes da exibição, Felipe lembrou que, além do papel de destaque dos alemães e de seus descendentes na construção da cidade, africanos, árabes, libaneses e italianos também tiveram participação importante na história local. Ele relatou que, em breve, a produção audiovisual poderá ser assistida em DVD, e que as 86 escolas do Município deverão receber a obra para que os estudantes conheçam a trajetória hamburguense. 

O média-metragem, com aproximadamente 70 minutos de duração, retoma os passos da cidade a partir de materiais coletados em arquivos pessoais, reportagens, documentos históricos e entrevistas com moradores, historiadores, artistas e personalidades. Algumas delas, como o curador da Fundação Scheffel, Angelo Reinheimer, e o ex-prefeito Paulo Ritzel, estiveram presentes nesta quinta para prestigiar a sessão de cinema. O relato do pesquisador Felipe Kuhn Braun também integra os depoimentos coletados no projeto, cuja realização é da Vale TV em parceria com a produtora Simples Assim. O filme é financiado por meio do mecanismo de incentivo à cultura estadual (Pró-cultura LIC/RS), com realização do governo federal, via Lei Rouanet.

Elogiado pelo público presente, o diretor Leonardo Peixoto contou que, assim como muitos dos entrevistados no documentário, também não é natural de Novo Hamburgo, mas que há 18 anos sua família deixou Pelotas e estabeleceu sua moradia na cidade hamburguense. O filme faz um recorte temporal da emancipação, ocorrida em 5 de abril de 1927, até a atualidade, destacando a contribuição das pessoas que vieram de todos os cantos do Rio Grande do Sul atraídas pela indústria coureiro-calçadista nas décadas de 70-80 e que ajudaram a alavancar o nome da cidade além das fronteiras do Brasil. Ao término, o cineasta acrescentou que, desde o seu princípio, a cidade está conectada com o mundo, devido ao seu empreendedorismo e à capacitação de sua população.

Diversas pessoas da plateia mostraram-se emocionadas com o filme e surpresas com o leque de informações trazidas pela produção. Felipe despediu-se do público informando que a Câmara montará dois painéis que retratam a trajetória da cidade e que ficarão permanentemente no saguão da Casa Legislativa. Um deles já foi inaugurado na última segunda-feira, dia 16, e o outro deverá ser lançado na próxima semana. 

Programação dos 91 anos de Novo Hamburgo

Desde a última segunda-feira, a sede do Legislativo hamburguense também recebe a exposição “91 anos de Novo Hamburgo: um resgate do passado”, reunindo 17 fotos antigas da cidade, parte do acervo do vereador Felipe Kuhn Braun. A mostra permanecerá aberta a visitação até o dia 30, durante o horário de expediente da Câmara, das 9 às 18 horas. As imagens retratam famílias tradicionais do início do século XX, estabelecimentos comerciais e industriais, clubes sociais e um pouco dos costumes e da cultura da época.

A inauguração do Memorial da Câmara de Novo Hamburgo, programada para ocorrer na próxima quarta-feira, dia 25, foi adiada para data ainda não definida. 


Segunda exibição do documentário Movimentos