Comissão de Educação, Conselho Tutelar e CRE debatem situação do ensino estadual

por Luís Francisco Caselani última modificação 17/08/2018 19h20
20/04/2018 – Vagas na rede pública estadual foi uma das pautas tratadas na reunião extraordinária entre os vereadores integrantes da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Casa, Professor Issur Koch (PP), presidente, Gabriel Chassot (Rede), relator, e Nor Boeno (PT), secretário, os conselheiros tutelares Nilson Torriano e Madalena Soares, a titular da 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Helenise Ávila Juchem, e a responsável pela central de vagas, Betiele Dewes. O encontro aconteceu no Legislativo hamburguense na manhã desta sexta-feira, 20.
Comissão de Educação, Conselho Tutelar e CRE debatem situação do ensino estadual

Fotos: Daniele Souza/CMNH

Os conselheiros trouxeram algumas demandas pontuais de alunos que estão fora da escola. A coordenadora da CRE ressaltou, no entanto, que a rede estadual abriga um contingente de 13.855 estudantes, e que há 2.943 vagas sobrando em Novo Hamburgo. “Não temos problemas de vagas aqui no Município. Tivemos, inclusive, um decréscimo de alunos na nossa rede, por vários motivos”, disse. De acordo com os conselheiros, alguns estudantes precisam mudar de turno, em razão de logística familiar. A coordenadora ressaltou que mudanças desse tipo dependem da estrutura da escola. “A capacidade das salas são de 30/35 alunos. Se tem aluno de inclusão, a turma precisa ser menor. Cada estudante precisa de 1,2 metro quadrado”, explicou. 

EJA no Roselândia 

Além de casos isolados, Torriano e Madalena pediram a criação de turma de ensino fundamental de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no bairro Roselândia. Helenise explicou que essa é uma demanda, a princípio, de competência do Município, mas que pode conversar com a secretária municipal para somar esforços e abrir vagas na região. “Há muita desistência de alunos nessa modalidade de ensino. Tem que haver um comprometimento dos estudantes e uma demanda mínima de 20 interessados para que possamos abrir uma turma”, revelou. Os conselheiros frisaram que há um problema de evasão escolar porque muitos adolescentes, entre 14 e 16 anos, estão fora da faixa etária comum dos alunos de ensino fundamental. Além disso, comentaram que no Roselândia não tem EJA. 

Escolas técnicas 

Torriano fez questão de comentar que estava muito contente com a reunião, com o diálogo estabelecido e com a aproximação da CRE. Issur pediu que os conselheiros levantassem qual a real demanda do bairro. Dessa forma, os parlamentares podem se engajar na reivindicação. O presidente da comissão também solicitou que as escolas estaduais se acercassem da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha e aplicassem simulados para as provas de seleção, no sentido de mostrar que o acesso à instituição é uma realidade possível. A coordenadora falou que há muitas escolas técnicas boas na região. Citou instituições modelos nos municípios de Montenegro, Portão, Campo Bom, Sapiranga e Taquara e destacou o Centro Estadual de Educação Profissional Visconde de São Leopoldo, em São Leopoldo, que oferece formação agrícola e florestal, inclusive com regime de internato.

A titular da 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Helenise Juchem, pediu que a Comissão de Educação fizesse um requerimento convidando-os para prestar mais esclarecimentos na tribuna da Câmara. “O Estado tem uma rede com inúmeras possibilidades, mas as pessoas precisam conhecer melhor tudo o que ofertamos”, disse.

Central de matrículas

A exemplo do que já ocorre no Estado, a Comissão de Educação solicitará ao Executivo municipal, mediante projeto de sugestão, a criação de uma central de matrículas para 2019. A responsável pela central de vagas no Estado, Betiele Dewes, explicou que a demanda de trabalho se estende ao longo de todo o ano, com períodos mais intensos nas épocas de matrícula e rematrícula. “Essa iniciativa unifica as redes, centraliza o trabalho e acolhe melhor os alunos”, disseram os vereadores.

O que são as comissões?

A Câmara conta com oito comissões permanentes, cada uma composta por três vereadores. Essas comissões analisam as proposições que tramitam pelo Legislativo. Também promovem estudos, pesquisas e investigações sobre temas de interesse público. A Lei Orgânica Municipal assegura aos representantes de entidades da sociedade civil o direito de participar das reuniões das comissões da Casa, podendo questionar seus integrantes. A Coedu se reúne às segundas-feiras, a partir das 15 horas, na sala Sandra Hack, no quarto andar do Palácio 5 de Abril.

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